sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Poesia minha - O Homem e sua carroça


O Homem e sua carroça.
Ando.Ando.Ando.
Silencio apenas.
Lá se foi o pequeno garoto sonhador a empinar seu pipa em cores brasileiras que simbolizavam um voo da liberdade.
Lá se foi, no seu laço de fita e vestidinhos de tecido leve de toalha de piquenique, a mocinha com largos sorrisos em dente de leite ilustrando uma alegria adolescente.
Lá se foi o moço de camisa Volta ao mundo e calças de tergal produzir a paga da casa.
Lá se foi a moça com gravatinha em volta do pescoço, saia cintura alta e joelhos à mostra, complementando a paga da casa que quase não dava.
Lá se foi o Homem com seu terno bacana surrado, bem lavado, remendado. Para pagar o pato comprado.
Lá se foi a Mulher linda em penteado armado, unhas pintadas e salto alto para sacudir o filhote educado para ser empregado.
Lá se vai uma, duas, três vidas em rascunho.
Lá se vai uma vida inteira.
Anda, anda...
Silencia...
Apenas!

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