sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Crônicas no olhar - O Safado

É Feliciano mesmo.


Laertes era aquele tipo de cara vaidoso. Seu terno era moderno, bem passado, um encanto, quase um hino nacional entoado em celebração esportiva de grande abrangência. Uma poerinha no sapato era uma afronta social ao não tão belo homem.

Mandão, dono de inúmeras corridas de quem não tinha a menor paciência para as esquisitices do moço. Sua orelha, muitas vezes vermelha ficou, sob pecha de folgado, chato, imbecil ou "credo".

Quando via alguém diferente de si, esbravejava como se "Deus" fosse. O senhor! Afinal das contas, ele que batia o martelo como um soberano juiz. 

O cabelo era uma verdadeira escultura de gumex e chapinha news.

Um dia seus dentes brilhantes e não muito elegantes foram manchete do jornal como resultantes de uma dívida astronômica. E ele sorriu. Afinal de contas pra que se preocupar com isso. O Estado paga! O contribuinte paga e ele sorri ostentando o resultado do roubo.
Laertes é daqueles desprezíveis seres que invadem o mundo desde sempre e tem quem goste.

Eu não!

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