E lá sei vai mais um ano!
Muito comum, nessas épocas natalinas, o sentimento de gratidão e as festinhas de happy hour comemorativas.
“Vamos nos encontrar?”. “Precisamos nos ver antes do final do ano”. “Um almoço de comemoração do ano vai bem.”. Essas frases já viraram jargão nacional (ou mundial). Eu acho tudo muito válido, afinal de contas o período já traz esse espírito de unidos (pero no mucho).
Em se falando de teatro…
Sabe aquele seu amigo ator/atriz, diretor, produtor, artista? Ele precisa desse espírito da comunhão o tempo todo. Ator se alimenta disso. Ou você nunca se deu conta?
Esse ano de 2017, eu e minha trupe, com seis atores, ficamos meses em cartaz. Antes passamos por uma campanha de financiamento coletivo amplamente divulgado e constatamos algumas coisas.
  • Sentimos a ausência de muita gente querida em nossa plateia.
  • O nosso maior público não são atores.
  • A cada temporada ganhamos muitos fãs.
  • Nossa fé em nosso trabalho só aumenta a cada espetáculo.
  • Trabalhamos arduamente.
  • Tem muita gente boa nessa vida… ainda!
  • A energia é um contágio.
  • Deu errado? Improvisa.
  • Quem não se mostra, come pipoca sozinho.
  • Quem vive de ação é ator.
  • Perde-se aqui, ganha-se ali.
  • Um sorriso e uma alegria paga nossa alma.
  • Fazer comédia não é fácil. É prazeroso.
  • Fazer comédia não é caminho mais curto.
  • Como tem gente de Teatro ácida!
  • Como tem gente de Teatro adorável!
  • Sentimos a ausência de muita gente querida na nossa plateia.
  • Sentimos a ausência de muita gente querida
  • Sentimos a ausência de muita gente
  • Sentimos a ausência de
  • Sentimos a ausência
  • Sentimos!
Ator vive e precisa de ajuda, de divulgação, de público presente, de aplauso, de palavras honestas, de carinho, de liberdade de criação, de olhar externo, de compartilhamentos de seus posts, de fazer intercâmbio cultural, de sorrisos, de dinheiro (claro), de solidariedade, integridade, de boas ideias, de espaço, de generosidade. Quando essas necessidades vêm, realizações vão. É uma troca.
Fica aqui o meu agradecimento especial à galera do Kultme e seus leitores que sempre estão comigo. Aos amigos que a vida me proporcionou ter, à família, que é à base de tudo, a Will e Manu, meus amigos bichos. Ao amor meu, aos amores teus!
Que em 2018, possamos melhorar nosso olhar perante o outro, porque coração todo mundo tem. E paremos de disputa em arte. Não acrescenta! Faça o seu e já e meio caminho andado.
Ano que vem tem mais.
Namastê!
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Um livro para ler
auto

Auto da Compadecida
 é um livro em forma de auto. O texto é de 1955, pelas mãos do fabuloso Ariano Suassuna.
Com humor incomparável, e utilizando uma linguagem popularesca e de cravação social, Suassuna nos presenteia com as aventuras de João Grilo e Chicó – histórias que permeiam e balançam as estruturas de uma sociedade popular e religiosa.