domingo, 15 de janeiro de 2017

Poesia minha - Divagações russianas

Divagações russianas

O amor é o fogo
que arde sem se ver
é ferida que dói e não se sente
é um contentamento descontente
é dor que desatina sem doer
é estar-se preso sem vontade...
é Camões, é Renato, sou eu, é você
Ah, o amor
É um nobre vagabundo
invadindo nossos quintais
quando assim o permitimos
e invasão com permissão
não é invasão
é processo colaborativo
É Camões
Sou você
"É" eu
Sou Renato
Sou vagabundo
Sou amor!
Que arde sem doer
Que dói sem se ver
Que contente desatina
o contentamento que se sente
na ferida viva
dentro de mim
É amor.
Sou amor
Foi amor
Será amor
É.

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