segunda-feira, 1 de junho de 2020

Diálogos do cotidiano - O triângulo das bermudas

Diálogos do cotidiano
O triângulo das bermudas.
Perdida - Moço onde fica a rua Serra do Pilar?
Rapaz - Essa é a Serra.
Perdida - Ai meu São Januário. Obrigado.
Rapaz - Por nada. Espera aí Mano, to falando com a mulher aqui.
Perdida - E o número 5?
Rapaz - Aqui é o número 5.
Perdida - Sério?
Rapaz - Que eu "sei" só tem esse número 5 aqui.
Perdida - Ai meu São Januário e agora? Qual prédio será?
Rapaz - Não sei.
Perdida - Não. Eu não te perguntei; falei sozinha.
Rapaz - Ih, agora sou louco então. Peraí mano. Eu ouvi, mas aqui tem prédio pra "caraio". Vai ser difícil achar.
Perdida - Vou ligar pra minha comadre.
Rapaz - Liga pro São Januário. Mano, a tia tá "locona". (Sai tirando uma onda com umas canelas morenas e finas com poucos pêlos dançando na barra de uma bermuda de tecido praiano).
Perdida (falando sozinha e tentando enxergar o celular) - Bandido. Só pode ser bandido.
Ao longe, descendo a ladeira, dois amigos lado a lado desenhava a imagem da liberdade e perto, a prisão era desenhada pelo celular apertado de ponta cabeça por dedos finos. Sem bermuda.

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