quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Poesia minha - linha do tempo

Linha do tempo
E lá se vão...
Os acordes de Sampa,
Os confetes dos salões
Ou os brilhos caídos na avenida,
Os ossos quebrados,
As homenagens às mulheres,
O outono,
Os pulos de um tal Coelho
De chocolate,
As espinhas dos pescados,
De Tiradentes ninguém lembra,
E lá se vão...
Os trabalhadores
Porque o trabalho, balela,
As mães não vão, estão.
O tempo vai...
Se era namoro virou casamento
Ou lá se foi...
O inverno foi.
As guloseimas das quermesses também,
E lá se foram as férias escolares,
Os pais não vão, chegam.
Um dia fomos livres, foi!
A primavera veio, floriu e foi...
E lá se vão as crianças,
Os professores,
Os mortos,
A valorização da raça negra.
E o verão está aí, indo...
E já não tem peru
E daqui uns dias nem champanhe mais.
Mas lá vem vindo uma vontade
De que tudo melhore!
Deixa ela vir.
Deixa!

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