segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Poesia minha - Infanticida

Infanticida

Um menino caminhando sobre algodão, branquinho
Dente de leite caído quebrado, afogado
Solidão demais no campos da sagração
a primavera não deu as caras desta vez, inverninho?

Sei não, sei lá, sei, só sei que nada sei, ah o menino
pequenino chorava e sorria em doses paralelas
tropeçando no branco algodão, me dê sua mão?
nada, nada, nada, somente nada, era a solução

Ah o menino, cadê o menino?
onde foi parar seu sorriso, ao longe ainda, o choro
Explosão, abafando o sonoro
Ainda escuto lá longe umas lágrimas amargas
que sumindo vão lá, agouro?

Agora o menino é abraçado não sei por quem
não tem som, não tem explosão, não tem rumor
Tem sentimento bom que não tinha aqui

Tem vazio, oco, solidão
Tem chão!

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