terça-feira, 3 de junho de 2014

Trabalhos em teatro


O Baú - diretor
(CEU Quinta do Sol - Outubro/2014)


Fui indicado para participar de um projeto de criação de um espetáculo com as professoras e funcionárias do CEI Jardim Castelo, na zona leste de São Paulo. Inicialmente, tinha duvidas do que criar. Aproximei-me das meninas e conversamos;  ouvi e decidi fazer uma adaptação de Os Saltimbancos de Chico Buarque de Hollanda e o clássico infantil Branca de Neve e os Sete anões, que denominei O Baú.
Conta a história de professoras que querem alugar um imóvel para criar uma Escola de Arte - "Aqui vai ter de tudo, de literatura à música, teatro, clássicos, Dona Flor..." e no dia que vão visitar a casa, descobrem um baú antigo com vários objetos e adereços dentro que dão origem às histórias.
Quero deixar registrado o quanto foi gratificante trabalhar com elas que não são atrizes, mas que passaram a ser a partir do processo. O resultado foi bem inteligente, bacana, gostoso e delicioso de se ver.
Elenco: Andrea, Ana Paula, Adila, Núbia, Nadja, Fabi, Priscila, Pricila, Vanessa, Sandra, Ana, Adeni, Val, Letícia, Zilda, Gil, Paixão, Lana, Luciana, Elisangela, Aline, Silvana.
Meninas, meu coração gritou alto quando vi vocês lá embaixo arrasando. Só eu sei!
Arte visual: Adri Silva (sensacional)
Ensaio é assim!

7 anões e Branca de neve

Pri puxando o elenco
Sorrisos
Jardim Castelo/Ondacaima in concert


Do Alto do Seu Encanto  - diretor e ator
(Teatro Macunaíma - Maio/2014)


Arte: Adri Silva
Quando participei do Fringe, em Curitiba, em 2010, conheci Valter Vanir Coelho, que passava pelo festival com um espetáculo seu - Lulu Minada, pela Cia sem máscaras. Ele assistiu meu espetáculo - Navalha na carne e trocamos algumas ideias. Fez uma crítica super bacana sobre o meu trabalho no seu blog. Fiquei envaidecido, claro! Valter me passou esse texto para ler. Lembro-me de ter lido com alguns amigos do Teatro Real e decidimos montá-lo. Por acaso do destino, não deu certo. Saí do Teatro Real e nossas vidas foram distanciadas pelo tempo, mas não pela amizade - os tenho, todos, no coração.
Passado um bom par de tempo. Eis que vou jantar com Eder Soares, Rick Conte e João Karacsony, logo após o espetáculo Camille & Rodin. Entre um gole de vinho e outro, pensamos em criar um espetáculo. Do Alto do seu encanto era uma opção. Comentei desse texto. Me propuseram dirigir, já que daria para montar com 3 atores homens. Fizemos uma leitura e já combinamos de começar o processo. Seria mais uma produção da Cia Xifópagos, que já existia pelas mãos de Eder, Rick e Sylvia Conte.

Pixinguinha e Soldado Raso 
A primeira baixa veio com Rick Conte, que envolvido, por outro projeto, saiu. Então, convidei o Marcos Garbelini, meu amigo da Cia Cafonas & Bokomokos para assumir o posto deixado por Rick. Ele aceitou. Que ótimo! Além de ser ótimo ator, isso estreitaria ainda mais nossa amizade, porque, pra mim, conto muito o relacionamento dentro do processo, quanto menos "frege" melhor. Numa segunda baixa, sai João Karacsony e, sem tempo para tocar o projeto, assumi também como ator, depois de tentar colocar outros atores.



Eder Soares e eu
Marcos Garbelini
Foi um processo lindo.  Desde da adaptação do texto, visto que precisava apropriá-lo de rua para palco italiano, até a decupagem total do texto e desnudamento dos personagens pelos atores. Tudo muito interessante. A cada passagem, uma descoberta. Instigava os meninos à encontrar um caminho que fosse, queria despertar neles a emoção, a união familiar que o texto me demonstrava. Passei a produzir muita coisa de figurino a adereço, o Eder e o Marcos também, a Sylvia Conte, que sempre esteve presente, e fez a mãe do pequeno Pixinguinha em vídeo, era nosso olhar de fora. Adri Silva e Greice Delfim me ajudaram demais. Greice numa coreografia criada e Adri dando uma cara ao Pixinguinha a partir da sua arte no lápis. Rita Brafer na assessoria de imprensa e Audrey e Patrícia Calil, do Ville Hotel, que nos acolhia semanalmente para nossos ensaios. Um thanks imenso para todos do Ville, ao Adson e Wandi que proporcionaram esse contato para nós - Cia Xifópagos.
Trabalhei com o realismo fantástico, tendo o sonho como ponto de partida. O resultado é o meu xodó! Espero levar esse espetáculo para muitos olhares.

Cia Xifópagos em ação
Eder, Sylvia, Dimi e Marcos







Presidente, Pixinguinha e Soldado Raso
Soldado Raso
Pixinguinha




Macaco sem rabo


Nosso mestre Pixinguinha
Presidente

Eder Soares e seu Pixinguinha



Rádio


Eder Soares 


Como pode um peixe vivo
Créditos das fotos: Lennon Fernandes/Izabella Pianta/Márcia Calazans/Cia Xifópagos



Expresso Hamlet 

(Viga Espaço Cênico abril em maio/2014 e Teatro Macunaíma 2013 - SP)



Expresso Hamlet é daqueles espetáculos onde o poder de criação é instigado a todo o instante. Contar a história do príncipe da Dinamarca dentro da ótica do humor, sendo este texto uma linda tragédia do mestre William Shakespeare não é tarefa fácil, embora um montão de gente que foi ver, deve ter achado. "Dizem que é fácil fazer rir, difícil é fazer chorar", já ouvi isso.

Rainha Gertrudes e Ofélia
Esta peça foi o tema da minha monografia na pós-graduação pela Faculdade Paulista de Artes em 2013. O campo pesquisado estende-se e muito. Voltando ao espetáculo - Éramos 5 atores e um stand in, a Cia Cafonas & Bokomokos, repaginada depois da saída dos meus amigos de anos de trabalho em conjunto. Eu - Admir Calazans, Renato Lembo, Marcos Garbelini, Paulo Affonso, Luis de Osti e Henrique Tedesco sob a batuta do mestre diretor Guilherme Vidal e sob o olhar filosófico e iluminado de Edgar Suzuki, nosso "man iluminator".

Nessa peça, vivenciávamos, todos os atores, todas as 5 personagens principais - Claudius, Gertrudes, Hamlet, Polônius, Ofélia. Horácio ora vivido por mim, ora pelo Luis de Osti. Rosencrantz eu tinha a honra de fazer e Guilderstein, O Luis se encarregava. Fora a travesti Vanessa e a dançarina francesa sem nome, que coloria o espetáculo. Voltamos ao tempo de Shakespeare, com os atores masculinos fazendo os papéis femininos.

Rainha Gertrudes e Hamlet
Neste trabalho, saliento o 3 em 1. O que é isso? Trata-se de um trabalho intitulado  "Ocupação do Viga" - onde houve, além da peça, um show de abertura, recepcionando o público com mais ou menos 1 hora de duração, feito, majestosamente, pelo Duo Projeto Faladera, dos talentosos Juliana ladeira e Daniel Moretti, rebuscando e dando o charme todo particular de clássicos do rock, do pop, da mpb e de música que acalenta os corações. Nas paredes do Viga espaço cênico, foi feito uma instalação artística "do caralho" pelas mãos dos mestres artistas Antonio Goper, Sergio Kal e Nina Kreis. Essa instalação prepararava o



Ofélia
Polonius













público para o que seria o espetáculo. Que felicidade! Curiosidade, o Projeto Faladera embalava nosso momento maquiagem e nos deixava tinindo para entrar em cena. Isso sem contar sobre a Ecobag feita e assinada por este trio de artistas que ficou linda e retrô!

As fotos são de Juliana Schorck, Edgard Suzuki, Paulo Affonso e Admir Calazans.


Momento maquiagem
Cafonas & Bokomokos
Claudius, Gertrudes e Polônius

Instalação no Viga
Cena final de Expresso Hamlet

Projeto Faladera -Juliana Ladeira e Daniel Moretti


Nossa Ecobag
Antonio Goper, Nina Kreis e Sergio Kal










Fotos: Juliana Schorck/Edgar Suzuki/Paulo Affonso


O bumerangue do amor

(Teatro Plínio Marcos, setembro e Outubro/2010 - SP)


Marcos Garbelini, Alex Mazzanti e Admir Calazans

A imersão em "O Bumerangue do amor"foi um dos raros momentos onde pude experimentar alguns gêneros de humor de forma bastante livre. Esse trabalho permitia e exigia uma imersão nas linguagens do  teatro humor, como Melodrama, Dramalhão, Drama de circo, Pastelão, Nonsense e um passeio infinito no cinema mundial - Tatit, Chaplin, Lucylle Ball, Buster Keaton, os 3 patetas, Monty Pyton, Cinema francês, os dramas de circo, as músicas que exploravam esses gêneros.

Elisabete
A Cia. Cafonas & Bokomokos tinha 13 integrantes - amigos eternos -  e a peça era dividida em três micro histórias, que não se completavam  nas histórias, mas se completavam nos estilos adotados - O Bumerangue do Amor, Elisabete e A Saga de Dominique continham em suas tramas uma boa dose de amores partidos, crianças abandonadas, traição, alucinação, religiosidades, o amor que vai e volta, como um bumerangue do amor.A história de "Elisabete" era protagonizada por mim. Uma modelo, mulher apaixonada pelo marido, que se vê a mercê de uma suposta maldição de uma cigana que quis ler sua mão e ela o ignora. A partir daí, a vida vira um inferno de suposições, que se transformam em ações.O casamento rui, mas o amor aparece - na Italia! Me diverti a beça com esse núcleo e pude até criar minha primeira cena - "Fiz salsicha pra você!"



Curiosidade: Nesse espetáculo, um certo domingo, indo para o teatro de carro, de carona com o Anselmo, meu grande parceiro, com minha malinha de ator no porta-malas, eis que vem uma baita chuva. De repente, em plena Radial Leste, uma inundação que nos deixa no meio do "mar" em plena avenida. Desespero total!!! Nunca rezei tanto!!!Estava molhado até o pescoço. Consegui chegar no teatro, atrasado.Entrava 20 minutos depois no meio da primeira história. Meus amigos me acolheram, me ajudaram na maquiagem, e fiz um dos meus melhores dias deste espetáculo. A vida ensinando que um punhado de água incomoda muita gente! 




Elisabete
Elisabete

"Dominica, oh Dominica"

Fotos: Cia Cafonas & Bokomokos

Navalha na carne

(Teatro Studio 184, Macunaíma, Lá em casa, Fringe, Teatro do Kaos - SP, Cubatão a partir de 2010)


Veludo
Elenco inicial de Navalha na carne - Rita Brafer, Wanderley Damasceno e Admir Calazans
Estava no meu quarto comendo gelatina, quando toca o meu celular. Do outro lado, Rita Brafer, depois de um longo e tenebroso inverno (estudamos juntos e depois não nos vimos mais). Me contou que estava produzindo um espetáculo, que ela queria muito fazer e me convidando para vivenciar o marginal Veludo de Navalha na carne de Plínio Marcos. Que susto!! Veludo? Fiquei passado e desliguei, pedindo um tempinho para pensar....Uma voz pequenininha lá no fundo insistia para eu aceitar...Liguei no outro dia e aceitei, com a maior felicidade do mundo. Combinei de tomar um café, com ela e com o outro ator - Wanderley Damasceno, o Wandi - com quem iria contracenar. A Rita daria vida à prostituta Neusa Sueli, clássica personagem de Plínio. O café estava ótimo, o Wandi se mostrou um amigo de sensibilidade à flor da pele, parceiraço dos seus dois gatos de estimação - mais do que amigos - Cazuza e Cássia Eller. Foi firmado ali uma parceria. A direção seria da sensibilidade ímpar de Mônica Granndo, que conhecia de olhar nos olhos nos corredores do Macunaíma.

Navalha na mão de Neusa Sueli (Rita Brafer) e Eder Soares
Começaram os ensaios. Clima muito bom, começamos a nos conhecer melhor, a jogar melhor, conduzidos pela quase delicadeza de Mônica Granndo, Navalha foi nascendo conforme nossa amizade foi fortalecendo. Estava dado o passo para um dos personagens que mais gosto dentro da minha carreira. Vinha de vários trabalhos com a Cia Cafonas & Bokomokos explorando o teatro humor e trabalhar Plínio foi uma deliciosa viagem. Tinha liberdade de explorar Veludo. Tinha na minha cabeça uma criação total diferente dos "Veludos" que já tinha ouvido falar, pois nunca tinha assistido a nenhum espetáculo Navalha na carne na íntegra. Isso foi muito bom! Parti do zero de referência e busquei em mim, o Veludo que poderia criar. Quando estudei Plínio Marcos num workshop com o Roberto Áudio e Wanderley Bernardino do Teatro da Vertigem, foi dada a mim,  a responsabilidade de exercitar o gigolô Vado de Navalha, talvez pelo meu aspecto físico.Explorei Vadinho ao máximo naquele workshop e isso me fez ver o outro lado do personagem que pude exercitar no "meu" Veludo - Yin e Yang, manjam? Brinquei com ele, fui fundo nos "quereres" de Veludo, no abuso, na sua relação com seu corpo, seus vícios, com a Neusa Sueli, usei humor mas queria ele forte, nada de shortinho jeans e blusinha de mulher. Ele era macho! Viado, mas macho! Usava a força com quem podia, nas horas que queria se safar das mãos truculentas e "deliciosas" de Vado. Usava a delicadeza quando queria fumar, a truculência quando se tratava de Neusa Sueli. Era um safado! Na referência ao Exú Veludo, da Umbanda,  usei o charme dele e a virilidade. Jardel Ferreira, lindo amigo, fazia o Veludo quando eu estava em cartaz com outra peça. Só tive boas respostas à interpretação dele. Eu mesmo vi e achei demais! Éramos amigos e nunca "quem fazia melhor".  "Agora, o que faço eu da vida sem você..você não me ensinou..." meu hino. Saudades! Navalha na carne pegou estrada, viajamos, já com outro ator fazendo Vadinho. Foi nesse período que conheci um dos meus melhores amigos - Eder Soares - que assumiu o Vado no lugar do lindo Wandi, que saiu do processo nessa fase.

Vado em ação - Wanderley Damasceno
De muitas pessoas eu me reaproximei com Navalha na carne - a própria Rita Brafer, Greice Delfim, Teatro Macunaíma, Denise Orthis. Novos amigos chegaram: Wandi, Adson Phell, Jardel Ferreira, Rick Conte, Andrea Lovitch, Bernardo, Mega, Caio Coppoli (Fabianoooooooooo) e outros que, desculpem, desde já, se não mencionei. Valter Vanir Coelho que conheci no Fringe e que muito mais tarde foi o dramaturgo do meu primeiro trabalho de direção.

Uma vez navalha, a ferida sempre estará lá!


Um pedaço de mim.


foto de ensaio








Cartaz - detalhe: meu olho

Fotos: Antonio J. Matos/Produção Satyrianas/Cia Nó ao vento


Crítica ao espetáculo Navalha na carne, publicado no Blog Inacreditável news, de Valter Vanir Coelho, por ocasião das apresentações no Fringe, festival paralelo ao Festival de Teatro de Curitiba, publicada no blog do autor.



Pelas ruas de Curitiba o que vale é propagar-se!


O Rasgo da Navalha

"Peça realista e cruel, é o recorte de uma noite na vida da prostituta Neusa Sueli, do cafetão Vado e do homossexual Veludo. Clássico da dramaturgia nacional, e muitas vezes montada, a Cia Nó ao Vento faz uma montagem direta, rápida e simples, calcada na força das palavras de Plínio Marcos."


"Eder Soares e Rita Brafer, que interpretam Vadinho e Neuza imprimem com facilidade o clima marginal do texto, com excelentes performances, mas ainda parecem inseguros para a violência exigida nas cenas, precisam abusar mais da sexualidade vulgar de seus personagens, Eder tem no olhar uma promessa de grande ator. Mas é Admir Calazans com seu Veludo que sacode aquele barraco, imprime humor, miséria e modernidade a obra de 1967, Veludo é deliciosamente provocante e provocador e seu interprete tira a montagem do lugar comum e acrescenta a ela uma interpretação genial. Mas, mesmo mais de 40 anos depois, Plinio ainda inspira grandes cias de teatro. Evoé".



Postado por TMZ from Brazil às 18:58  Valter Vanir Coelho - Cia. sem Máscaras - São José dos Campos - SP



O clichê do Amor

(1a. e 2a. versão - Teatro Nelson Rodrigues e Plínio Marcos)

Fabiano Cruz e Admir Calazans - 1a.versão
Minha estréia nos palcos e na Cia Cafonas & Bokomokos. Estava nervoso a beça, fazer humor não era uma caraterística própria. Vinha de estudos com os Cafonas, exercitando o "time" de humor, as situações, o jogo e ainda era crú demais. Entrei nervoso e fui ficando mais a vontade com aquele palco, durante a temporada. Foi assim a minha estréia. 6 atores, se revezando em vários personagens que iam e vinham, ora mulheres a beira de uma ataque de nervos por buscarem o amor desenfreadamente, ora rapazes com a testosterona em alta, buscando um beijinho. Estávamos nos anos 60 e um beijo era o máximo.
Cena inesquecível: o encontro.









Marcela Fatarelli, Guilherme Vidal e eu 
O Clichê do amor tratava dessa questão - o Amor - os clichês do amor. Namoros rompidos, confusões com as palavras, o amor e a música caminhando juntos na mesma direção, amores de juventude. O clima era total anos 60, muito colorido, muita referência e muita música. Uma delícia!!!!Uma de-lí-ci-a! Mônica Costa, Renato Lembo, Vado Serafini (saudoso - in memoriam), Marcela Fatarelli e Fabiano Cruz eram os melhores parceiros de uma estréia. Aplausos para eles, de pé!Regido pelo Guilherme Vidal, amigo diretor pop competência!

Curiosidades. Minha cena preferida chamava-se o Homem do Cigarro. Não tinha texto. Eu e Renato Lembro em cena, com 3 passagens de uma paquera gay, que só era, sutilmente, percebida por quem estava atento às ações físicas dos dois homens. Essa é para nunca esquecer. Também não posso esquecer de "O encontro" com minha atriz preferida - Mônica Costa - se debulhando em lágrimas e água, na noite chuvosa do primeiro encontro.

Abandonado - eu
Alguns anos depois remontamos, já com outro elenco, esse espetáculo. Esquetes saíram, outras entraram. Um elenco formidável. Era uma festa.

O Clichê do amor tem aquele gosto do primeiro beijo!

Fernando, eu, Monica e Renato


Wanderléia em "O tempo do Amor"


Elenco da primeira versão: saudoso Vado Serafim


Elenco Original
Fotos: Cia Cafonas & Bokomokos


As três patetas

(Cia Amantes do Esquisito, Teatro Plínio Marcos)


Izaura,Izilda e Izabel

Viva a fé
Alex Mazzanti, integrante dos Cafonas & Bokomokos na época estava picado pelo fazer teatral e propôs ao Guilherme, nosso diretor, que produziria este projeto. Remontar um espetáculo com poucos atores.

O texto: As três patetas, que já havia montado em outra ocasião. O elenco seria: Alex Mazzanti, Admir Calazans, Renato Lembo e Luis de Osti. Versava sobre a história de 3 amigas que foram ao teatro assistir à Saga de Mongaskaia e suas duas filhas numa Alemanha sofrida com a guerra. Determinado momento da peça, ocorre um problema com as atrizes que interpretariam as personagens e o trio assume a função. Daí para uma peça à nossa maneira não custaria muito. A primeira parte era improviso puro junto ao público. Chegavam reações para nós inimagináveis. Espetáculo gostoso, experimentamos muita coisa, dançar cafonamente, falar em alemão misturado com japonês, italiano, português e sei lá mas o quê. Até Heineken, que é holandês, apareceu. "A vida até parece uma festa..." já diz a canção do Titãs. Acho que era isso. Uma festa!Com direito a paçoquinha comida em público e tudo...uma farinhada!
Admir Calazans
Admir Calazans e
Renato Lembo







Elenco na prova de figurino
Elenco original







Na platéia!

Tenho fome!







Agradecimentos


Fotos: Cia Cafonas & Bokomokos



O Mahabharata
(Teatro Escola Macunaíma - Fortaleza)



Duryodhana - Admir Calazans
O Mahabharata, adaptação do livro de Jean Claude Carriere, direção de Lúcia de Léllis. Meu trabalho de estágio profissional. Tudo já começou diferente, lendo um livro e adaptando para o teatro. O Mahabharata é um clássico. Peter Brook, encenador inglês, já passeou por essas banda. Lúcia trabalhou com bambú como acessórios nesta guerra entre famílias, o grande poema do mundo. Defendi meu primeiro antagonista - Duryodhana - e foi tão bom!!! Um presente dado!Explorar um lado mais sacaneador em mim - um desafio.




Fábio, Iza, Amanda e eu
Duryodhana
Duryodhana







Bambú
Fotos: Admir Calazans


Apresentação de Existências, um espetáculo de improvisação

(Teatro Real, Teatro Macunaíma, São Paulo)



flyer
Trabalhar com o Teatro Real foi uma experiência sensorial. O trabalho desenvolvido por Dede Lovitch, nos fazer "existir", literalmente. Nada, ou quase nada, deveria ser combinado. Impulsionados pela música ou pelo silêncio em nós, deixar-se levar pelo instinto e impulso era o mote para o espetáculo, que nunca era o mesmo, as sintonias apareciam. Estavam em cena, Rick conte , na música, ao vivo, Dede Lovitch, Eder Soares, Lara de Bittencourt (minha querida e linda amiga), Dalila D'Cruz e euzinho aqui, às vezes tínhamos participações especiais - Dani Bambace e Karen Francis Martinez - outras vezes, o público que se sentisse apropriado poderia participar sem cerimônia. Em cena,  um monte de acessórios para instigar os sentidos. Lembro-me de cenas surgidas que não me saem da memória: um ritual de umbanda ao vivo, uma canção de Marisa Monte que surgiu sei lá de onde, os jogos. Percorremos alguns lugares: Faculdade Paulista de Artes, Centro Cultural do Jabaquara, Teatro Escola Macunaíma, Viaduto do Chá, Fringe, entre outros. Ensaiamos montar dois espetáculos, que infelizmente, não deu certo (O destino é o senhor, não há certo nem errado) - Bent e Misterios do Amor. Esses momentos vividos com essas figuras não tem quem pague.

Neste período, começou-se a articular o I Festex (Festival de cenas extraordinárias de São Caetano do Sul, o qual, hoje, já está em outras edições.


Eu, Lara de Bittencourt e Dede Lovitch

Eu e Eder Soares
Em cena - o jogo
d
Eder, Dimi e Lara
Elenco













Fotos: Teatro Real e Karen Francis Martinez

A mulher perdeu a pose

(Cia Cafonas & Bokomokos, São Paulo)


Vamos ao teatro do Sesi?

A mulher perdeu a pose surgiu mediante a emancipação da mulher, a sua luta de classe para um papel social melhor defendido. Questionávamos: e a feminilidade da mulher, e a pose cultuada nos anos 60, queimar o sutiã era um ato de rebeldia, uma provocação ou uma emancipação. A mulher amaria menos mediante isso. Vamos tratar disso, mas de forma bem humorada. Lorraine, era uma jovem sonhadora, que buscava seu lugar ao sol.Suas idas e vindas era a estrutura desse espetáculo. Quanta gente boa nesse espetáculo: Dheymm, Jones Gomes, Patrícia, Michele, Talita, saudades! Essa peça foi nossa primeira viagem: Pirassununga, um teatro municipal lotado. Prêmio de melhor cenário e atriz  Mônica Costa. Tinha uma cena que era impagável: Certo momento, as luzes do teatro se acendem, e uma louca do sindicato entra e decide interromper o espetáculo porque os atores não tinham DRT. Decide fazer um desfile com os tipos de figurinos que se deve ir ao teatro. Sim, porque teatro requer uma finesse! O que vem a seguir é um escândalo do riso. Um delícia de fazer! O meu era o figurino para se ir ao Teatro do Sesi, enfrentar aquelas filas enormes. Tinha camisola, uma bola travesseiro com compartimento para sanduíche de mortadela, que literalmente, eu comia em cena.Só que tem que ser chique, e um colar de pérola mostra o que é uma mulher adequada!
Plácido Albuquerque
Jornada dupla (Quero e A mulher...)
Concurso Miss Sabonete Love
Plácido Albuquerque
Mila Mariz, naturalmente linda


Elenco ao final
Cenário - abertura
Plácido Albuquerque

Cena do cabaret







Juarez!

Quarteto masculino
Eu e Patricia de Martinis


Dheymm, Monicat's,Eu, Mila, Mois e Jones
Embelezando Mila Mariz

Em Pirassununga


Jones Gomes, Mois Laurentino e Eu - na bilheteria

Fotos: Cia Cafonas & Bokomokos



Siga-me!
(Cia Cafonas & Bokomokos) "n" versões





Admir e Mois
Siga-me! é o maior sucesso dos Cafonas. Filas e filas homéricas, brigas na bilheteria, a emoção de se chegar ao teatro e uma fila enorme já esperando para entrar, uma corrida aos ingressos. Sempre pensamos no nosso público como nosso quinto elemento - vê-los 1, 2 horas antes do espetáculo começar esperando era de doer o coração, mas não tínhamos muito alternativa. O que tínhamos para oferecer era o espetáculo. Sempre cheio de entusiasmo, cheio de vida e alegria e a competência para fazer rir, parece pedância, mas não é: tínhamos o time, o ritmo, o espetáculo era dançante, vibrava, tinha amor juvenil nas veias. Siga-me! era sobre os bastidores de TV, focado num concurso de dança. A nossa referência maior era Hairspray - Éramos todos jovens, de John Waters.


Gabriela e Gilberto
Sandra e Pedro
Ed Silver e Mara Lee
Otávio e Silvana
Cinira e Nilsinho e a dorminhoca


Cinco casais, em busca de um sonho - um sonho juvenil, dançar, dançar e ganhar o prêmio máximo - Um show de Elton John. As histórias se entrelaçavam, os pretendentes, ora se apaixonavam por outros, ora descobriam que se amavam mesmo, ora descobriam que amar vale mesmo a pena. Repleto de coreografias - tinha Hully Gully, Ângelo Máximo, Kátia Cilene. Ed Silver e Mara Lee, os apresentadores, sensacionais, trocando de parceiros, numa inversão de amores - Silvana e Otávio - ditados pelo destino, Gilberto (meu personagem) apaixonado por Gabriela, uma louca diva mappiana, isso eles trabalhavam no Mappin, aquela loja de departamentos do centro de São Paulo, era simples, tímido, não entendia muito sobre sentimentos, mas amava, da sua maneira. Abandonado, foi vender coco verde na Bahia e lá  reencontrar seu amor - Gabriela, sempre Gabriela!Cinira e Nilsinho, o que era aquilo,um contrato firmado, já que Nilsinho jogava água fora da bacia e Cinira era apaixonada pelo misterioso Mauro Sérgio, Pedro e Sandra, ela apaixonada por...Elton John, não poderia ficar sem participar desse concurso e ganhar!!! Seu ídolo era a parte mais importante da sua vida. Pedro sofre e desiste, Sandra cai na real e o casal não ganha o concurso, mas ganha o amor. Ao final quem ganha o concurso é Cinira e Nilsinho. Cinira reata com Mauro Sérgio, que sofria de ciúmes e Nilsinho viaja para a Inglaterra e torna-se o namorado brasileiro de Elton John, que teve show ao vivo no palco deste espetáculo, nas mãos do talentosíssimo Moisés Laurentino. Quem viu jamais esqueceu! E no meio disso tudo criando todas as confusões possíveis, nossa querida e espevitada Elzinha, a produtora de Mara Lee, vivida por outro talento - Persio Ribeiro.


Wanderléia


Abandonado no Mappin
Mesquita e Ivone Vaz - o casal desclassificado


Elton John
Meu parceiro química: Mois Laurentino
O Mappin - quarteto
Nossa diva: Elzinha










Kátia Cilene na voz de Mônica Costa


Momento Wandeca
Diretor italiano
O amor está acima de qualquer questão

Gilberto



Nilsinho e Elton: final feliz!







O público: minha homenagem! filas homéricas.

No elevador da Gabriela...

Fiz muitas apresentações com Siga-me! em tempos distintos e isso me alegrou demais. Excelente época, excelente espetáculo!!!!A energia que emanava era algo inexplicável.

Fotos: Maria Clara Diniz/Antonio J.Matos e Cia Cafonas & Bokomokos


Além do Constrangedor!

(Cia Cafonas & Bokomokos, São Paulo, versão 1 e 2)



Ivone Vaz e eu (irmãs siamesas)
Imaginem um espetáculo criado a partir daquilo que seria constrangedor, ou melhor, além do constrangedor. Esse foi o argumento inicial para esse trabalho. Não sei direito o que o Guilherme Vidal tinha em mente, mas o resultado, um show de esquisitices "cafônicas" engraçadíssimas. Um espetáculo singular, a cara dos atores. Esquetes que se completavam e outras que ilustravam. A Saga de Cidinha, nossa heroína-mor, defendida por unhas e dentes pela sensacional e querida Mônica Costa, nos alimentava pelos cenários que vinham com a história, ora dolorida, ora alegre, ora sem noção desta personagem. Da infância, com pais malucos, ao primeiro amor, ao acidente aéreo, aos Beatles, à Hollywood, a ser uma estrela do cinema, ao Oscar, o prêmio máximo do cinema mundial. Fizemos duas versões, em épocas distintas e o sucesso era grande. Saudades desse trabalho!

"Eu também quero"
Médicos apaixonados no berçário


Nossa heroína: Cidinha (Mônica Costa)
"Ô Alzirão!"
Eu, Renato Lembo e Fabiana Dapper




Shake à go-go

(Cia Cafonas & Bokomokos)




Shake era uma discoteca. Uma homenagem à Era Disco. Grandes sucessos dos anos 70, com dublagens de todos os integrantes da companhia. Imaginem, nós, a maioria durinhos, dançando e requebrando no palco. Ah, missão quase impossível para a nossa coreografa Tia Letícia (Letícia Scalise) carinhosamente, batizada por algum integrante do grupo, que não me lembro quem. De pano de frente, a história de amores da juventude. Shake, shake you down! Wonderful lifes! A cena de Ao mestre com carinho e Mamy blue era as minhas preferidas. Outra memorável, era o strip tease ao contrário protagonizado por Fernando Angelini e Persio Ribeiro.Linda!






Mamy blue

Abertura

Mois e Admir
Talullah


Cantada barata
Eu, Renato e Persio





Fotos: Antonio J.Matos

Quero um filho teu!

(Cia Cafonas & Bokomokos)

Quero um filho teu! Ivone Vaz, eu, Sabrina Martinez
Inicialmente, o título dessa peça era "Pare de tomar a pílula". Porém, em virtude de direitos autorais e tal, decidiu-se mudar o nome para Quero um filho teu! Partindo da ideia da maternidade e da questão de ter ou não um filho, desenvolveu-se o enredo dessa comédia deliciosamente feita em duas montagens em tempos diferentes. Nas duas, assumi o papel do pai (Juarez) do bebê já nascido da peça. Papel feito esse por um ator - Cadú Giusti, que passava boa parte da peça dentro de um carrinho de mercado adaptado para um carrinho de bebê. Ficou lindo! O pai, enciumado, pelo nascimento do filho, demonstra uma instabilidade emocional, pois sua mulher Edna, não mais tinha o carinho esperado pelo marido. Criava-se um drama. Em contrapartida, sua cunhada - Edmeia, fazia de tudo, até engravidar para segurar um namorado, enrolado com sua melhor amiga Dalva. Um quiprocuó danado. Uma divertida comédia, que me fez ser pai pela primeira vez! A cena final do casal, ao som de Raul Seixas, e aquele pequeno bebê falando papai era um delírio.


Cadú Giusti
Admir Calazans




Papai enciumado
Marcos Garbelini e eu

1o.elenco
No rádio










Fotos: Antonio J.Matos e Cafonas & Bokomokos



A Sorte do personagem
(Cia Cafonas & bokomokos)

Os bastidores de uma novela e um lar de telespectadores da novela. Meu personagem: Nenete, filha da mãe, que na realidade, era filha da irmã, abusada pelo pai. Forte né? Deixamos isso bem suave nessa comédia. Nenete foi um presente, entrei no universo infantil para tentar brincar com uma pequena garota que observava tudo e não gostava do cunhadinho.Ainda por cima, tinha um namoradinho - Rafinha - mas o que ela gostava mesmo era de comer, e doce, doce, doce. "Uma flor???" Ah que ela fica brava....


Luiz Toledo
Nenete
No oposto, fazia o diretor da novela - Luiz -que nutria um amor, ora por Dora Zaian, ora Cintia Avelar. Era uma loucura, nem bem saia de Nenete, voltava de Luiz, com maquiagem e tudo. Deliciosa correria. Mudava tudo! Que aprendizado! A peça girava em torno da novela e dos atores e da família que assistia, criando um entrelaçamento ímpar. Como ficava claro! Foi uma das peças, que eu mais me diverti fazendo. E Guilherme Vidal esbanjou talento na criatividade neste espetáculo. Nota 10!
Admir e Ivone Vaz
Monica Costa e Admir- que parceria!


Cintia Avelar e Luiz Toledo
Uma flor???
Sucesso!!!!No ar!
Nenete apronta mais uma.

Fotos: Antonio J.Matos


Teatro Escola Macunaíma

curso técnico de ator (2000-2004)


No tempo em que passei pela escola técnica de ator, pude descobrir caminhos. As possibilidades que o fazer teatral nos dá, não se compara à nada, é muito singular, muito particular. Entrei na escola, com a ideia de aprender, de receber um pontapé inicial para ser ator. Sabia que a escola não me transformaria ator. Para isso eu precisava, 80% de mim mesmo. Me dispus a isso. Em 2000, entrei nessa escola - Teatro Escola Macunaíma,em São Paulo. Passei lá 4 anos, estudando somente aos sábados. Conheci gente formidável lá: Claudia Terra (Negaaaaaaa), Fábio Galuzzi, Iza Muniz, Willian Stort, Deivis Ferreira, Mariana Guerino,Tony Mahal, enfim uma série de gente BBB, boa, bacana e bem humorada. E os professores e diretores também. Montagens que participei por lá:

O Parturião, de Luis Alberto de Abreu - comédia de costumes.

Roseli e Deivis Ferreira
Luis Bacelli e elenco original
Uma briga entre famílias, um clássico da cultura popular tendo Romeu e Julieta como inspiração e portugueses e italianos como fiéis inimigos. Direção do saudoso e querido Luis Baccelli. Grupo de escola, geralmente, é grande, nem todos estudam, nem tampouco se preparam, mas esse era de um tesão, de uma vontade ímpar. Éramos todos jovens! No teatro. Meu personagem: Fabrício, simbolizando o amor juvenil.

Zé Aires e Elenco
Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, direção do Zé Ayres. Grupo grande, o texto tem poucos personagens que conduzem com maestria a história. Foi uma confusão para encaixar os atores nesse processo. Acabaram-se criando oradores da fé. Fui um deles. Valeu pela concepção linda e pelo Zé ter me dado a liberdade de criar meu próprio texto. No mais foi uma gritaria dos diabos em busca da fé.




Cenário - um diferencial







Simpatia, com Rita Brafer
Dr. Getúlio, sua vida e sua glória, de Dias Gomes e Ferreira Gullar, direção de Renata Kamla. Um texto político. Simpatia é presidente da Escola de Samba e vão contar a história de Getúlio Vargas no enredo do carnaval. Meu primeiro protagonista - Simpatia e Getúlio - , dividido com outra atriz fazendo Getúlio (?). Meu primeiro esquecimento de texto no palco. Não me achei nesse espetáculo, fiz o que pude. Hoje faria tudo diferente. Trabalho corporal do querido Lineu Constantino.




Foto de divulgação: elenco original














Aurora da minha vida, de Naum Alves de Souza, direção de Luciana Maggiolo. Adoro Naum, fiquei empolgadão.. Esse texto é bárbaro, uma deliciosa comédia dramática com direito a ir de encontro à memória. Fizemos os testes, fiquei com o Orfão. Me diverti mais do que a montagem, acho. Tenho boas lembranças deste espetáculo, principalmente, com relação aos meus amigos, nos bastidores. Uma farra!!!!Mas essa turma faltava demais, atrasava tudo. Quer ver eu ficar bravo, é ator faltar ao ensaio sem motivo.


Parte do elenco
Hamlet, de William Shakespeare, direção de Lúcia de Léllis. Primeiro autor do bardo inglês e primeiro texto não nacional. Trabalhar com Lúcia é sensacional porque ela tira você do lugar comum, te instiga a achar caminhos distintos, vai contra a obviedade e quando vai pelo óbvio, vai fundo nele. Uma diretora que adora simbologia. Foi uma lição, foi um avanço na minha arte de atuar. Vivenciava Horácio, o fiel amigo de Hamlet, o olho que tudo via naquela Dinamarca em "chamas". Um palco com uma instalação de madeira que vista de cima era um olho, explorado em rampas. Um primor mesmo. Estudei, estudei, estudei demais esse texto, inclusive com minha querida amiga Claudia Terra, que vivenciava a Rainha Gertrudes. Sentávamos tardes e tardes no Fran's Café da Paulista, apelidado gentilmente de "sala da casa dela", imprimindo expectativas,  decupando o texto. Hamlet foi um divisor na escola de teatro.

Cenário e figurino
O Fantasma do pai do Hamlet













Eu e Rita Brafer
Suburbano coração, de Naum Alves de Souza, direção de Rene Piazentin. Outro texto do querido Naum Alves de Souza. A história de Lovemar acabou perdendo um bocadinho do seu encanto, visto que a protagonista passava por diversas fases da vida, e está aí, a grande sacada deste texto, uma só atriz percorrendo essas etapas da vida, o mesmo acontecendo com o ator masculino.Na escola, várias atrizes fizeram as fases diferentes e a unidade se perdeu. Foi divertido. Fiz o teste para o Frederico, o protagonista da primeira fase, não passei. Foi oferecido à outro ator, que recusou. Acabei ficando com ele e me diverti. Fiz a trilha sonora também. O resultado foi uma gostosa comédia.


Admir Calazans - Frederico


Bastidores
Karisa, Admir e Eduardo

Elenco



Fotos: Elenco

Panos e Lendas

(Faculdade Paulista de artes - direção)


Esse foi meu primeiro trabalho de direção. Eu diria que foi uma co-direção, visto que foi supervisionado pelo talento Cibele Troyano. Nós, alunos de nós graduação em Artes Cênicas, tínhamos a missão de apresentar um trabalho de finalização de módulo. E teríamos por volta de 20 horas para concluí-lo. Resolvemos, fazer uma adaptação de Panos & Lendas, de Vladmir Capela, com o elenco, que era grande e misturado, havia gente de artes cênicas, história da arte e arte educação. Foi maravilhoso trabalhar com todos. Me indicaram para direção e aceitei.








Os músicos dando muito de si para criar as atmosferas, os atores se dedicando a aprender, a encontrar um caminho para desenvolver. Esse espetáculo fala da criação, a cena dos bichos, difícil de montar, mas que ficou genial. A galera que ajudou por fora, não fez personagem, mas ajudou na montagem. Foi incrível! Pelo tempo que tínhamos, tivemos uma qualidade ímpar. Parabéns!!!!!

Equipe toda


Amanda, Graci e Gustavo

Dinâmica

Marcos Garbelini e Anderson D'Kássio


Ensaio
Adri Silva







Fotos: Elenco

Faculdade Paulista de Artes

(Exercícios Cênicos 2013-2014)


No decorrer dessa pós-graduação, fiz 3 exercícios cênicos como ator, como segue:


1 - Terrorismo poético
   
Um piquenique na esquina da Av. Brigadeiro Luís Antonio, no sábado as 10:30 hs da manhã, com a             gente vestido em traje de casamento. Tinha de tudo  nesse piquenique e as pessoas que passavam na           rua não entendiam de imediato o que era aquilo. Um bando de malucos? Os olhares entregavam que             sim. A intenção era exatamente essa, tirar o olhar comum das pessoas comuns. Foi, no mínimo, curioso!







2 - Hibridismo - Morte e vida

Admir Calazans
Esse exercício era uma ação de perfomance. Ele haveria de acontecer numa instalação. Partimos da ideia     de pessoas, saudades, diferenças, casamento, sonhos, morte e vida. A instalação tinha vários ambientes,     numa espécie de labirinto. O público era convidado a entrar pelo corredor formado. Inicialmente um         corpo estendido no chão, só a imagem. Depois um labirinto de fotos familiares penduradas em quadros   ocos, no segundo, um piso de papel bolha e bonecos sem rosto e pretos espalhados pelos cantos,               encontra-se uma mesa forrada em jornal com um bolo de aniversário com velas, uma noiva, um homem cheio de feridas, um go-go boy e um sargento sem um braço. O que pensar: Não tinha resposta! No terceiro, uma mulher sentada numa cadeira com um boneco na mão e uma caveira atrás dela observava um caixão, nele um espelho onde a pessoa se via e uma escada com uma mulher de branco que ficava sobre ela, ao seu lado um vulto embrulhado num pano algodão, vislumbrava alguma coisa. No próximo um corpo quase morto enrolado em papel celofane, uma angústia. Dinheiros espalhados pelo chão.Tudo sem muita luz e uma trilha sonora meio demoníaca, meio metaleira.


Eu, Marcos e Amanda
Festa?
Gustavo
Elenco
Amanda



Marcos, Amanda, João e Eu




Fotos: Péricles Martins e elenco



3 - Grotowski - Símbolos


André e Admir
Admir, Rodrigo e Grazi


Depoimento

fragmentos
Esse trabalho foi baseado em Jerzy Grotowski, o encenador polonês. Baseado no seu método de trabalho, decidimos trabalhar com os símbolos nazistas dos campos de concentração: triângulos - rosa, vermelho,verde, amarelo. Fizemos poucos ensaios, foram definidos mini-monólogos de acordo com a cor do seu símbolo, que seriam expressados ao público, que ficaria atrás de um plástico-lona, onde a visão era quase sem visão. De lá, sairiam fumaça como cameras de gás do período do holocausto. A Suástica alemã era desenhada, inicialmente, pelas correntes em nossos pés. Defendi o triângulo rosa, que significa pederasta, bicha, homossexual. Emocionante!

Elenco











Cena
Fotos: Péricles Martins e elenco














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