domingo, 26 de junho de 2016

Poesia minha - Guernica

Guernica

Tudo anda caro!
O ônibus custando $ 3,80
Todo mundo grudado, não se importando com mais nada
em leste, sul, oeste, norte
na marmita só vai salada
A gente se acostuma, reclamar pra quê?

As empresas não pagam vale transporte integral
Se não aceitar, a contratação, das mãos, sai
Falam que pagam hora extra
Mas quando precisam, falam em favor, na moral!
Moral imoral! Empresarial...
Mas não tem problema, tudo vale a pena
Quando a conta não é pequena

No teatro dos vampiros, há delação, em vão
Entre sorrisos, falsas modéstias ou negação
Provoca ira, inércia ou indagação
Se eu roubo uma agulha
Vou direto pra prisão
A gente se acostuma com essa divisão
das classes políticas e dos cidadãos...

Não importa se você tem filhos, família ou não
Quero seu dinheiro, seu bem,
material ou não, deve ser meu
Você tem e eu não,
meu direito é tomar de você
o direito que você teve de ter
Só me deixe vivo, a vida Deus me deu
Não te dei nada! Afinal Deus sou eu...

Afinal não se pode acostumar
Com falta de paladar,
Com respeito unilateral,
Com pisão no pé sem desculpas
Com falta de educação, prepotência e invasões
Violência proposital, ladrões
Só queremos paz nos nossos corações!
E um pouco de dinheiro pra diversão.

Acostumar não!

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